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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A brief reflection about the life.

A vida não é ruim, nós que tornamos-a dificil atraves de nossas atitudes, pensamentos e palavras; temos sempre que acreditar em nossos sonhos e sentimentos; a vergonha e a tristeza não levam a nada; não vale a pena se arrepender de algo que já fez, porque arrependimento não muda o passado; se você fez algo, é porque era pra ser feito, independentemente da consequência que isso lhe trouxe; devemos demonstrar nossos sentimentos, mesmo que isso possa nos machucar depois; aprendi que pro requisito amor - que para mim é o mais importante - não existe a palavra humilhação, que somos capazes de fazer tudo pela pessoa amada, até arriscar a própria vida; tambem aprendi que amigos são muito especiais em nossas vidas, mas que existem tambem os falsos, que estão ali, só pra se aproveitarem, de qualquer maneira, seja material ou emocional e temos que saber lidar com essas pessoas; aqueles que são nossos amigos mesmo existem, são aquelas amizades que duram, e podem ser reconhecidos como amigos de verdade; Familia sempre quer seu bem, ao ponto de vista deles, nem sempre estão certos, mas sempre vejam o lado deles, antes de contrariarem; aprendi que ter atitude e iniciativa, é uma das melhores coisas, pois você pode conseguir muitas oportunidades e realizar muitos sonhos com elas; em geral, aprendi que a vida não é facil, se ela te coloca obstáculos, é porque você é capaz de vence-los, e que o mais importante de tudo é saber viver muito dia após dia!

Luana Nunes

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Manifesto Trancer

Nosso estado emocional de escolha é o êxtase. Nosso alimento de escolha é o Amor. Nosso vício de escolha é a tecnologia. Nosso religião de escolha é a Música. Nossa moeda de escolha é o Conhecimento. Nossa política de escolha é Nenhuma. Nossa sociedade de escolha é a Utópica, embora saibamos que ela jamais vai existir.

Vocês podem nos odiar. Vocês podem não sentir falta da gente. Vocês podem não compreender a gente. Vocês podem não ter consciência da nossa existência. Nós apenas esperamos que vocês não se importem em nos julgar, porque jamais iremos julgar vocês. Não somos criminosos. Não somos desiludidos. Não somos viciados em drogas. Não somos crianças ingênuas. Somos uma aldeia maciça, global e tribal que transcende a figura do homem criador da lei, a geografia física e o próprio tempo. Nós somos a massa. O Uno massivo.

Fomos primeiramente desenhados pelo som. De muito longe, a batida trovejante, envolvente e ecoante era comparável ao coração materno envolvendo uma criança em seu ventre de concreto, de aço e de cabos elétricos. Fomos traçados dentro desse ventre, e ali, na profundeza e na escuridão das batidas, viemos para aceitar a idéia de que somos todos iguais. Não apenas na escuridão e entre nós mesmos, mas para a pluralidade de músicas que bate dentro de nós e transpassa nossas almas: somos todos iguais. E em algum lugar dentro da freqüência de 35 Hertz nós poderíamos sentir a mão de Deus nas nossas costas, impulsionando-nos para frente, impulsionando-nos para que nóspróprios nos impulsionemos a nós mesmos para fortalecermos nossas mentes, nossos corpos e nossos espíritos. Impulsionando-nos para que nós pudéssemos nos voltar para a pessoa que está ao nosso lado e assim dar nossas mãos e levantá-las com o poder de compartilhar a alegria incontrolável que nós sentimos desde a criação dessa bolha de ar mágica que pode, por uma noite, nos proteger dos horrores, das atrocidades e da poluição que existe fora do mundo. Isso acontece em cada instante, e através dessa consciência matriz cada um de nós teve a oportunidade de verdadeiramente nascer.

Nós continuamos a enfraldar nossos corpos dentro de clubes, boites, ou de construções civis que vocês abandonaram e deixaram no meio do nada, e nós trazemos vida a elas por uma noite. Trazemos vida forte, pulsante, vibrante na sua forma mais pura, mais intensa e mais hedonista. Nesses espaços físicos procuramos nos jogar dentro da era de incerteza, diante de um futuro que vocês foram incapazes de estabilizar e de nos assegurar. Buscamos nos afastar de nossas inibições, e de nos libertar dos grilhões e das restrições que vocês nos colocaram para justificar sua paz na consciência. Buscamos reescrever o sistema que vocês usaram para tentar nos doutrinar desde o momento que nascemos.

Um sistema que nos diz como odiar, que nos diz como julgar, que nos diz como proteger a nós mesmos dentro do abrigo mais próximo e mais conveniente possível. Um sistema que nos diz até mesmo como escalar degraus, saltar obstáculos e puxar tapetes. Um sistema que nos diz como comer com uma brilhante colher de prata que vocês estão tentando fazer com que usemos, em vez de nos alimentar com suas mãos habilidosas. Um sistema que nos diz como fechar nossas mentes, em vez de abri-las.

Até chegar o nascer do sol e o dia em que nossos olhos cegarem diante da realidade existente num mundo que vocês criaram para nós, nós dançaremos ferozmente com nossos irmãos e irmãs em celebração à nossa vida, nossa cultura e nossos valores, os quais devotamos toda nossa crença: Paz, Amor, Liberdade, Tolerância, Unidade, Harmonia, Expressão, Responsabilidade e Respeito.

Nosso inimigo de escolha é a ignorância. Nossa arma de escolha é a Informação. Nosso crime de escolha é romper e desafiar quaisquer leis que nos impeçam de celebrar nossa existência. Mas saibam que enquanto vocês podem acabar com qualquer festa, em qualquer noite, em qualquer cidade, em qualquer país ou continente deste lindo planeta, vocês nunca poderão acabar com a festa inteira. Vocês não têm acesso a este botão, não importa o que vocês venham a pensar. A música jamais vai parar. O coração jamais vai deixar de bater. A festa nunca vai acabar.

Eu sou um trancer, e este é o meu manifesto.


Autor Desconhecido

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

The life is a loop.

A música eletrônica é construída através de diversas sonoridades repetitivas, marcadas sempre em oito tempos denominados loops. Existe algo que é construído através de diversos sentimentos quase nunca repetitivos, marcados sempre por momentos denominados life.

Life is a Loop

Memories.

All the crazy shit I did tonight
Those will be the best memories
I just wanna let it go for the night
That would be the best therapy for me.

It's getting late but I don't mind.

I'm not drunk.

Quando você encontrar uma mulher que te ature bêbado, que te aguente falando linguais estranhas, tipo portucês (português + escocês), que aguente tuas declarações de bêbado, que te escute, por mais que não entenda nada do que tu estas falando, que ri contigo, ao invés de rir de ti, que se preocupe contigo no outro dia, e que ainda diga que tu é um fofo, apesar de tudo. Se você realmente encontrar essa mulher, nunca, nunca deixa ela sair do seu lado. Seja ela sua amiga, sua paixão, sua amante, mantenha ela por perto, por que essa meu amigo, é a mulher da tua vida. 

Uma mulher que tu nunca vai achar igual, uma mulher que se distingue das outras pela ausência da futilidade, e pontos de vista, fora dos padrões atuais de meninas da idade dela. Uma mulher que acaba por conquistar qualquer um, com aquele olhar meigo, e um sorriso encantador. E se te faz tremer com um olhar, que dirá com um beijo. Aquela, que não sai, do pensamento.

Pra Carolina Sasso, que prometeu cuidar de mim, quando eu estiver bêbado.

Gean Rodriguez

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Last Night.

A noite de ontem, foi com certeza, a mais inesquecível de todas. A noite em que esse ciclo maravilhoso de 12 anos se encerrou, dando oportunidade para um novo ciclo se iniciar. Não sei, talvez, as pessoas mudem, as atitudes mudem, mas o que importa realmente, foram os anos que eu vivi ao lado dessas pessoas, que com certeza, nunca serão esquecidos. 

Ontem eu chorei, chorei de felicidade, de tristeza, e por outros sentimentos que eu não sei dizer ao certo o que eram. Ver cada um dos meus amigos ali, compartilhando aquela vitória ao meu lado, brindando a nossa amizade, a nossa vida, as nossas conquistas, foi algo simplesmente inefável. A cada abraço que eu recebia, a cada manifestação de carinho, a cada parabéns, parece que uma emoção incontrolável tomava conta de mim, algo diferente de qualquer coisa que eu já tenha sentido antes. 

Na hora do discurso ela estava lá. Sentada, aos prantos. Eu me segurei demais, pra não acompanhar ela, e chorar na frente de todo mundo, fui forte, mas mais uma vez não aguentei. Ver a mulher mais importante pra mim nesse mundo, derramando aquelas lágrimas, que com certeza, são as lágrimas repletas do mesmo sentimento imposto por mim, foi algo inexplicável. Por mais que eu escreva, anos e anos, falando da importância dessa mulher na minha vida, é algo que com palavras, eu nunca conseguirei descrever.

Ontem vimos de tudo, teatrinhos, ceninhas, dancinhas, tragos, farras, choros, abraços, olhares. Olhares estes, dos mais intensos aos mais simples. Olhares esses que tu sabia o que a outra pessoa estava pensando, sabia o que ela queria, e não podia fazer absolutamente nada.

A noite de ontem, foi uma noite de sentimentos intensos, foi uma noite de conquista, uma noite de vitórias, não só pra mim, mas pra todos nós. Impossível descrever a minha felicidade, impossível esconder a minha preocupação. As coisas vão mudar, e muito daqui pra frente, e em termos, isso me assombra. Seremos fortes na medida do possivel, lutaremos para ficarmos juntos sempre. Faremos da nossa história, a mais inesquecível de todas.

O meu muito obrigado a todos que fazem parte da minha vida.

Gean Rodriguez

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

The end of the year.

São 23:50 de uma noite quente de dezembro. A lua está mais linda do que nunca. A janela do meu quarto dá de frente para ela. E eu estou aqui a mais de um hora, apenas admirando a sua beleza inefável. Pensando na vida também, como é de costume, pensando neste final de ano, fazendo aquela sagrada retrospectiva que todos fazem ao final de um longo ano.
Longo ano esse, que por mais longo que seja, passou muito rápido. Foi um ano de intensidade, sentimentos intensos, brigas intensas, felicidade intensa. Um ano de rompimentos e reconciliações, o ano em que eu conheci, e que perdi a única mulher que eu amei de verdade. O ano em que eu vivi a semana mais intensa da minha vida. O ano em que esse sentimento intenso, foi esvaído, e deu lugar a uma amizade repentina, que com certeza deixou muita gente de boca aberta.

Véspera da minha formatura, não consigo deixar de pensar que amanhã se encerra um ciclo de 12 anos. Hoje, lendo o discurso da minha formatura, várias lágrimas escorreram do meu rosto, e um sentimento de saudade precoce tomou conta de mim. Praticar o desapego a pessoas que passaram a maior fase da tua vida, ao teu lado. Ao lugar que te proporcionou os melhores momentos, emoções, que te proporcionou as melhores amizades, te fez conhecer amores, dores. Vários tipos de sabores, o do suor, o da felicidade, o da conquista, o da angustia. Ao lugar que te fez homem, e que foi de grande importância na construção do teu caráter.

Penso hoje nas minhas mulheres, a saudade delas me açoita cada vez mais. Uma em Floripa, outra em Rosário. A outra anda sumída, a outra trocou a nossa amizade pelo namorado. Saudade daquele cafuné, saudade daquele sorriso, daquela massagem, daquele andar, daquele cabelo, daquela risada, daquelas conversas, daquele abraço, daquele beijo. Eu não sou nada sem elas, quando elas estão longe de mim é como se eu perdesse os meus cinco sentidos, por que uma delas, faz o papel de dois deles. Não vejo a hora de ter todas elas aqui comigo mais uma vez, ou talvez, nunca mais.

Um ano em que eu me aproximei mais dos meus amigos antigos, e conheci algumas das pessoas mais importantes da minha vida. Uma delas em especial, que em alguns meses, se tornou a "razão do meu viver", e está inclusa nesse grupo de mulheres citadas acima. Amizades turbulentas, amizades que passaram por dificuldades, outras foram colocadas a prova, várias e várias vezes, e provaram ser mais fortes que o orgulho e a prepotência.

2010 está sendo um ano de finais, de ciclos que se encerram, de amizades que foram eternizadas, e que por mais que exista a distância, são lembranças que nunca serão esquecidas. 

Em 2011 muita coisa muda, coisas novas se iniciam, uma vida completamente diferente dos padrões se inicia. É como tirar as rodinhas da bicicleta, e aprender a se equilibrar sozinho. 2011 será um ano de começos, de novos ciclos, de novas conquistas, de novas amizades, novos amores, novos sofrimentos. A vida é assim, e não há como escapar do destino.

Desistir, sem lutar, não é uma opção.

Gean Rodriguez
 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Rave Generation

Música eletrônica, festas rave, logo se pensa em multidões desfilando de óculos escuros pra lá e pra cá escondendo os efeitos fotofóbicos causados pelas drogas, entre elas: maconha, tubos de lança perfume, micropontos de ácido e pílulas de ecstasy.

A questão é que por trás desse vulgo "antro de drogas e perdição" existe, na verdade, um movimento de jovens, adultos e até mesmo crianças que trazem de volta diversos ideais hippies ligados à consciência cósmica, ecologia, pacifismo e espiritualidade.


É a geração dos "seres galácticos andarilhos" em busca da transcendência. "Seres" que acharam na música eletrônica, nos enteógenos, na dança e nas artes, a chave para a expansão da consciência.


E não é a toa que a vertente da música eletrônica que melhor representa essa geração neo-hippie recebeu o nome "trance" (que significa transe, em inglês) de seus criadores. Surgindo em Goa (cidade litorânea indiana, famoso reduto hippie) no inicio dos anos 90.


A filosofia trance é tão comum à dos anos 60 e 70 que também utiliza os valores orientais como fundamentos e mistura mantras e sons sacros indianos às musicas, além de instrumentos tribais típicos de povos aborígenes do pacífico, como o didjeridoo, instrumento de sopro onipresente nas apresentações musicais das festas rave.


É verdade, sim, que de certa forma trata-se de um movimento escapista, que se tranca em seus "transes" e baseia em suas idealizações imaginárias a idéia de um mundo utópico. E, infelizmente, muitos confundem isso com alienação. Uma fatalidade.


A geração rave está sempre tentando de todas as maneiras melhorar o mundo e restabelecer a relação harmônica do homem com a sua essência, com a natureza!


Os festivais de trance costumam sempre abrir espaço para palestras de ecologia, e mantêm ligações com ongs e instituições de caridade, além de promoverem doações de alimento e de parte da renda obtida com os ingressos.

No Rio de Janeiro, existe o projeto E-brigade, que coleta e recicla todo o lixo proveniente das raves, e a ong LUA SOLIDÁRIA, que através de festas raves periódicas arrecadou dinheiro e abriu uma creche /orfanato em 2003. E esses são apenas poucos exemplos entre diversas iniciativas de fins filantrópicos e educacionais.

Infelizmente, a imprensa não divulga todas essas maravilhas que o trance faz pela sociedade. E aí surge uma outra questão importante que deve ser esclarecida: De alguns anos pra cá, principalmente no Sudeste, as festas rave começaram a se popularizar e o crescimento desenfreado da imagem do movimento trance acabou caindo em mãos erradas.


Produtores e organizadores "populares" de festas acabaram levando a música trance para a grande massa, como uma proposta ideal para o uso livre de drogas.


Fatalmente o verdadeiro espírito trance ficou para trás. A filosofia, a ideologia, a ética, a consciência e a proposta transcendental do trance nem sequer é conhecida por esse público que freqüenta essas festas, FALSAS raves, que na verdade são festas comerciais que visam apenas o lucro, sujando injustamente a imagem dos verdadeiros festivais trance e festas rave.


Paralelamente, os verdadeiros "tranceiros" de raiz, aqueles que AMAM o trance, continuam vivendo, fazendo de suas festas um verdadeiro RITUAL de celebração à vida; imponentes com sua dança, música, malabarismo, artes, viagens, experiências alucinógenas, misticismo, consciência cósmica, visão quântica/metafísica do mundo, e sobretudo, P.L.U.R., da PAZ, do AMOR, da UNIÃO, do RESPEITO ( do inglês: peace - love - unity - respect ), fazendo suas festas em locais afastados do perímetro urbano; e ilustrando o ideal FUGERE URBEM, que caminha lado a lado da filosofia de vida CARPE DIEM .


Enfim, essa sim é a VERDADEIRA "geração rave". A tribo dos que juntos dançam como UM, a tribo da união. A tribo dos que conquistaram a possibilidade de sonhar coisas impossíveis, e que tiveram a coragem de caminhar livremente rumo a esse sonho.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A arte de ser Trancer


Os trancers reconhecem-se pelo olhar porque a luz que brilha nos seus olhos é a mesma que brilha nas estrelas, não resistem a mostrar aos outros as constelações dos céus e… dançam juntos quando chega a luz da madrugada.

Um trancer olha nos olhos de um desconhecido, fala de amor à primeira vista, de almas gêmeas, defende idéias que parecem ridículas, chora mágoas e decepções antigas, alegra-se com novas descobertas, diverte-se, brinca, é irreverente, faz perguntas inconvenientes, diz tolices, disfarça-se de louco quando sofre de lucidez e… dança com seus companheiros.


Já agiu muitas vezes incorretamente, já traiu e mentiu muitas vezes, já trilhou caminhos que não eram os seus e perde-se, vezes sem conta, em labirintos até recuperar novamente seu caminho, já disse sim quando queria dizer não, já feriu os que mais ama, já foi a muitas festas e procurou a paz, a esperança e o amor na música, nos lugares, nos espaços, nos outros, nas drogas…


Um trancer cai nestes abismos muitas vezes, mas quando reúne todas as suas forças para sair, descobre que é dentro de si que encontra o amor, a paz, a luz… então vive a esperança de ser melhor do que é… e dança enquanto caminha.

Senta-se num lugar tranqüilo da floresta e procura não pensar em nada: descansa, contempla, presta atenção à sua respiração, ao vôo do pássaro, ao aroma da flor e, conectando-se com a alma do universo, anda suavemente, sente que participa na dança universal e… flutua enquanto dança.

No caminho que livremente escolheu, um trancer sabe também que tem que lidar com gente que não presta atenção às pequenas coisas, que não sabe que tudo é uma coisa só, que cada ação nossa afeta todo o planeta, que cada pensamento nosso se estende muito para além da nossa vida, que cada minuto pode ser uma oportunidade para nos transformarmos, que estamos no mundo não para combater o mal ou condenar e julgar o outro e… dança enquanto ama.

Mas porque é um peregrino, um caminhante em busca espiritual, um mendigo do amor, um trancer senta-se à roda da fogueira e dá as boas vindas aos estranhos. Usa a sua intuição e não desespera-se quando o acham louco ou a viver num mundo de fantasia. Não tem certezas, mas sabe que nem todos os caminhos são para todos os caminhantes e… ensaia novos compassos de dança.

E segue em frente e faz pontes entre o céu e a terra, entre a vida profana e a espiritualidade a que se aspira, entre o visível e o invisível, entre o compreensível e o invisível e então, pouco a pouco, outros se aproximam, reúnem-se e iniciam o seu caminho à volta dos seus ritos, símbolos e mistérios… e dançam à roda da fogueira.

Um trancer conhece o silêncio como a linguagem do indizível, do que não se explica, apenas se sente. Conhece também o poder das palavras e não é tagarela. Não quer parecer ser, ele simplesmente é.

Não sabe de onde veio nem para onde vai, mas sabe que está aqui para amar. O afeto e o carinho fazem parte da sua natureza – tanto quanto respirar – e, porque busca o amor, um trancer arrisca mais que os outros. Arrisca sentir-se derrotado e rejeitado no corpo e na alma, a intimidar-se com o silêncio ou com a indiferença, a decepcionar-se e a magoar-se, mas não desiste porque sabe que sem amor, ele simplesmente não é… então, mergulha com paixão na vida, olha com doçura e serenidade o mais velho ou a criança, reconhece no seu olhar toda a história da sobrevivência da humanidade e… ri e dança com seus companheiros.

Um trancer sabe que é livre para escolher: passa noites de insônia, interroga-se pelo sentido da vida, sobre o que é definitivo e o que é passageiro, questiona as aparências, as fórmulas, as opiniões dos outros, se vale a pena tanto esforço… é, então, capaz de largar tudo e correr para a aventura porque resiste a viver um papel que os outros escolheram para si. As suas decisões são sempre tomadas com coragem e loucura, inventando novas coreografias, ao sabor dos ritmos cósmicos, de noite ou de dia, à luz ou as trevas, no inverno ou no verão… dança, dança e dança…”

Sem nenhum motivo aparente, sem nenhum interesse, sem nenhuma regra, até onde aguentar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Reconciliation

Só o tempo passando pra gente ver o valor incontestável e a importância da nossa amizade, e que não vai ser simples assim pra destruir esse sentimento de irmãos que há em nós. Essa reconciliação valeu o meu ano. Não aguentava mais olhar mais ou menos oito meses pra trás e ver o jeito que isso tudo tinha acabado e pensar que nunca mais iria ser o que era.

Agradeço hoje, por estar enganado. Agradeço, hoje, por ter do meu lado, de novo, o meu irmão.


Gean Rodriguez
 
Para o meu brother Filipe Silveira, vulgo Ninja.