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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A brief reflection about the life.

A vida não é ruim, nós que tornamos-a dificil atraves de nossas atitudes, pensamentos e palavras; temos sempre que acreditar em nossos sonhos e sentimentos; a vergonha e a tristeza não levam a nada; não vale a pena se arrepender de algo que já fez, porque arrependimento não muda o passado; se você fez algo, é porque era pra ser feito, independentemente da consequência que isso lhe trouxe; devemos demonstrar nossos sentimentos, mesmo que isso possa nos machucar depois; aprendi que pro requisito amor - que para mim é o mais importante - não existe a palavra humilhação, que somos capazes de fazer tudo pela pessoa amada, até arriscar a própria vida; tambem aprendi que amigos são muito especiais em nossas vidas, mas que existem tambem os falsos, que estão ali, só pra se aproveitarem, de qualquer maneira, seja material ou emocional e temos que saber lidar com essas pessoas; aqueles que são nossos amigos mesmo existem, são aquelas amizades que duram, e podem ser reconhecidos como amigos de verdade; Familia sempre quer seu bem, ao ponto de vista deles, nem sempre estão certos, mas sempre vejam o lado deles, antes de contrariarem; aprendi que ter atitude e iniciativa, é uma das melhores coisas, pois você pode conseguir muitas oportunidades e realizar muitos sonhos com elas; em geral, aprendi que a vida não é facil, se ela te coloca obstáculos, é porque você é capaz de vence-los, e que o mais importante de tudo é saber viver muito dia após dia!

Luana Nunes

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Manifesto Trancer

Nosso estado emocional de escolha é o êxtase. Nosso alimento de escolha é o Amor. Nosso vício de escolha é a tecnologia. Nosso religião de escolha é a Música. Nossa moeda de escolha é o Conhecimento. Nossa política de escolha é Nenhuma. Nossa sociedade de escolha é a Utópica, embora saibamos que ela jamais vai existir.

Vocês podem nos odiar. Vocês podem não sentir falta da gente. Vocês podem não compreender a gente. Vocês podem não ter consciência da nossa existência. Nós apenas esperamos que vocês não se importem em nos julgar, porque jamais iremos julgar vocês. Não somos criminosos. Não somos desiludidos. Não somos viciados em drogas. Não somos crianças ingênuas. Somos uma aldeia maciça, global e tribal que transcende a figura do homem criador da lei, a geografia física e o próprio tempo. Nós somos a massa. O Uno massivo.

Fomos primeiramente desenhados pelo som. De muito longe, a batida trovejante, envolvente e ecoante era comparável ao coração materno envolvendo uma criança em seu ventre de concreto, de aço e de cabos elétricos. Fomos traçados dentro desse ventre, e ali, na profundeza e na escuridão das batidas, viemos para aceitar a idéia de que somos todos iguais. Não apenas na escuridão e entre nós mesmos, mas para a pluralidade de músicas que bate dentro de nós e transpassa nossas almas: somos todos iguais. E em algum lugar dentro da freqüência de 35 Hertz nós poderíamos sentir a mão de Deus nas nossas costas, impulsionando-nos para frente, impulsionando-nos para que nóspróprios nos impulsionemos a nós mesmos para fortalecermos nossas mentes, nossos corpos e nossos espíritos. Impulsionando-nos para que nós pudéssemos nos voltar para a pessoa que está ao nosso lado e assim dar nossas mãos e levantá-las com o poder de compartilhar a alegria incontrolável que nós sentimos desde a criação dessa bolha de ar mágica que pode, por uma noite, nos proteger dos horrores, das atrocidades e da poluição que existe fora do mundo. Isso acontece em cada instante, e através dessa consciência matriz cada um de nós teve a oportunidade de verdadeiramente nascer.

Nós continuamos a enfraldar nossos corpos dentro de clubes, boites, ou de construções civis que vocês abandonaram e deixaram no meio do nada, e nós trazemos vida a elas por uma noite. Trazemos vida forte, pulsante, vibrante na sua forma mais pura, mais intensa e mais hedonista. Nesses espaços físicos procuramos nos jogar dentro da era de incerteza, diante de um futuro que vocês foram incapazes de estabilizar e de nos assegurar. Buscamos nos afastar de nossas inibições, e de nos libertar dos grilhões e das restrições que vocês nos colocaram para justificar sua paz na consciência. Buscamos reescrever o sistema que vocês usaram para tentar nos doutrinar desde o momento que nascemos.

Um sistema que nos diz como odiar, que nos diz como julgar, que nos diz como proteger a nós mesmos dentro do abrigo mais próximo e mais conveniente possível. Um sistema que nos diz até mesmo como escalar degraus, saltar obstáculos e puxar tapetes. Um sistema que nos diz como comer com uma brilhante colher de prata que vocês estão tentando fazer com que usemos, em vez de nos alimentar com suas mãos habilidosas. Um sistema que nos diz como fechar nossas mentes, em vez de abri-las.

Até chegar o nascer do sol e o dia em que nossos olhos cegarem diante da realidade existente num mundo que vocês criaram para nós, nós dançaremos ferozmente com nossos irmãos e irmãs em celebração à nossa vida, nossa cultura e nossos valores, os quais devotamos toda nossa crença: Paz, Amor, Liberdade, Tolerância, Unidade, Harmonia, Expressão, Responsabilidade e Respeito.

Nosso inimigo de escolha é a ignorância. Nossa arma de escolha é a Informação. Nosso crime de escolha é romper e desafiar quaisquer leis que nos impeçam de celebrar nossa existência. Mas saibam que enquanto vocês podem acabar com qualquer festa, em qualquer noite, em qualquer cidade, em qualquer país ou continente deste lindo planeta, vocês nunca poderão acabar com a festa inteira. Vocês não têm acesso a este botão, não importa o que vocês venham a pensar. A música jamais vai parar. O coração jamais vai deixar de bater. A festa nunca vai acabar.

Eu sou um trancer, e este é o meu manifesto.


Autor Desconhecido

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

The life is a loop.

A música eletrônica é construída através de diversas sonoridades repetitivas, marcadas sempre em oito tempos denominados loops. Existe algo que é construído através de diversos sentimentos quase nunca repetitivos, marcados sempre por momentos denominados life.

Life is a Loop

Memories.

All the crazy shit I did tonight
Those will be the best memories
I just wanna let it go for the night
That would be the best therapy for me.

It's getting late but I don't mind.

I'm not drunk.

Quando você encontrar uma mulher que te ature bêbado, que te aguente falando linguais estranhas, tipo portucês (português + escocês), que aguente tuas declarações de bêbado, que te escute, por mais que não entenda nada do que tu estas falando, que ri contigo, ao invés de rir de ti, que se preocupe contigo no outro dia, e que ainda diga que tu é um fofo, apesar de tudo. Se você realmente encontrar essa mulher, nunca, nunca deixa ela sair do seu lado. Seja ela sua amiga, sua paixão, sua amante, mantenha ela por perto, por que essa meu amigo, é a mulher da tua vida. 

Uma mulher que tu nunca vai achar igual, uma mulher que se distingue das outras pela ausência da futilidade, e pontos de vista, fora dos padrões atuais de meninas da idade dela. Uma mulher que acaba por conquistar qualquer um, com aquele olhar meigo, e um sorriso encantador. E se te faz tremer com um olhar, que dirá com um beijo. Aquela, que não sai, do pensamento.

Pra Carolina Sasso, que prometeu cuidar de mim, quando eu estiver bêbado.

Gean Rodriguez

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Last Night.

A noite de ontem, foi com certeza, a mais inesquecível de todas. A noite em que esse ciclo maravilhoso de 12 anos se encerrou, dando oportunidade para um novo ciclo se iniciar. Não sei, talvez, as pessoas mudem, as atitudes mudem, mas o que importa realmente, foram os anos que eu vivi ao lado dessas pessoas, que com certeza, nunca serão esquecidos. 

Ontem eu chorei, chorei de felicidade, de tristeza, e por outros sentimentos que eu não sei dizer ao certo o que eram. Ver cada um dos meus amigos ali, compartilhando aquela vitória ao meu lado, brindando a nossa amizade, a nossa vida, as nossas conquistas, foi algo simplesmente inefável. A cada abraço que eu recebia, a cada manifestação de carinho, a cada parabéns, parece que uma emoção incontrolável tomava conta de mim, algo diferente de qualquer coisa que eu já tenha sentido antes. 

Na hora do discurso ela estava lá. Sentada, aos prantos. Eu me segurei demais, pra não acompanhar ela, e chorar na frente de todo mundo, fui forte, mas mais uma vez não aguentei. Ver a mulher mais importante pra mim nesse mundo, derramando aquelas lágrimas, que com certeza, são as lágrimas repletas do mesmo sentimento imposto por mim, foi algo inexplicável. Por mais que eu escreva, anos e anos, falando da importância dessa mulher na minha vida, é algo que com palavras, eu nunca conseguirei descrever.

Ontem vimos de tudo, teatrinhos, ceninhas, dancinhas, tragos, farras, choros, abraços, olhares. Olhares estes, dos mais intensos aos mais simples. Olhares esses que tu sabia o que a outra pessoa estava pensando, sabia o que ela queria, e não podia fazer absolutamente nada.

A noite de ontem, foi uma noite de sentimentos intensos, foi uma noite de conquista, uma noite de vitórias, não só pra mim, mas pra todos nós. Impossível descrever a minha felicidade, impossível esconder a minha preocupação. As coisas vão mudar, e muito daqui pra frente, e em termos, isso me assombra. Seremos fortes na medida do possivel, lutaremos para ficarmos juntos sempre. Faremos da nossa história, a mais inesquecível de todas.

O meu muito obrigado a todos que fazem parte da minha vida.

Gean Rodriguez

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

The end of the year.

São 23:50 de uma noite quente de dezembro. A lua está mais linda do que nunca. A janela do meu quarto dá de frente para ela. E eu estou aqui a mais de um hora, apenas admirando a sua beleza inefável. Pensando na vida também, como é de costume, pensando neste final de ano, fazendo aquela sagrada retrospectiva que todos fazem ao final de um longo ano.
Longo ano esse, que por mais longo que seja, passou muito rápido. Foi um ano de intensidade, sentimentos intensos, brigas intensas, felicidade intensa. Um ano de rompimentos e reconciliações, o ano em que eu conheci, e que perdi a única mulher que eu amei de verdade. O ano em que eu vivi a semana mais intensa da minha vida. O ano em que esse sentimento intenso, foi esvaído, e deu lugar a uma amizade repentina, que com certeza deixou muita gente de boca aberta.

Véspera da minha formatura, não consigo deixar de pensar que amanhã se encerra um ciclo de 12 anos. Hoje, lendo o discurso da minha formatura, várias lágrimas escorreram do meu rosto, e um sentimento de saudade precoce tomou conta de mim. Praticar o desapego a pessoas que passaram a maior fase da tua vida, ao teu lado. Ao lugar que te proporcionou os melhores momentos, emoções, que te proporcionou as melhores amizades, te fez conhecer amores, dores. Vários tipos de sabores, o do suor, o da felicidade, o da conquista, o da angustia. Ao lugar que te fez homem, e que foi de grande importância na construção do teu caráter.

Penso hoje nas minhas mulheres, a saudade delas me açoita cada vez mais. Uma em Floripa, outra em Rosário. A outra anda sumída, a outra trocou a nossa amizade pelo namorado. Saudade daquele cafuné, saudade daquele sorriso, daquela massagem, daquele andar, daquele cabelo, daquela risada, daquelas conversas, daquele abraço, daquele beijo. Eu não sou nada sem elas, quando elas estão longe de mim é como se eu perdesse os meus cinco sentidos, por que uma delas, faz o papel de dois deles. Não vejo a hora de ter todas elas aqui comigo mais uma vez, ou talvez, nunca mais.

Um ano em que eu me aproximei mais dos meus amigos antigos, e conheci algumas das pessoas mais importantes da minha vida. Uma delas em especial, que em alguns meses, se tornou a "razão do meu viver", e está inclusa nesse grupo de mulheres citadas acima. Amizades turbulentas, amizades que passaram por dificuldades, outras foram colocadas a prova, várias e várias vezes, e provaram ser mais fortes que o orgulho e a prepotência.

2010 está sendo um ano de finais, de ciclos que se encerram, de amizades que foram eternizadas, e que por mais que exista a distância, são lembranças que nunca serão esquecidas. 

Em 2011 muita coisa muda, coisas novas se iniciam, uma vida completamente diferente dos padrões se inicia. É como tirar as rodinhas da bicicleta, e aprender a se equilibrar sozinho. 2011 será um ano de começos, de novos ciclos, de novas conquistas, de novas amizades, novos amores, novos sofrimentos. A vida é assim, e não há como escapar do destino.

Desistir, sem lutar, não é uma opção.

Gean Rodriguez
 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Rave Generation

Música eletrônica, festas rave, logo se pensa em multidões desfilando de óculos escuros pra lá e pra cá escondendo os efeitos fotofóbicos causados pelas drogas, entre elas: maconha, tubos de lança perfume, micropontos de ácido e pílulas de ecstasy.

A questão é que por trás desse vulgo "antro de drogas e perdição" existe, na verdade, um movimento de jovens, adultos e até mesmo crianças que trazem de volta diversos ideais hippies ligados à consciência cósmica, ecologia, pacifismo e espiritualidade.


É a geração dos "seres galácticos andarilhos" em busca da transcendência. "Seres" que acharam na música eletrônica, nos enteógenos, na dança e nas artes, a chave para a expansão da consciência.


E não é a toa que a vertente da música eletrônica que melhor representa essa geração neo-hippie recebeu o nome "trance" (que significa transe, em inglês) de seus criadores. Surgindo em Goa (cidade litorânea indiana, famoso reduto hippie) no inicio dos anos 90.


A filosofia trance é tão comum à dos anos 60 e 70 que também utiliza os valores orientais como fundamentos e mistura mantras e sons sacros indianos às musicas, além de instrumentos tribais típicos de povos aborígenes do pacífico, como o didjeridoo, instrumento de sopro onipresente nas apresentações musicais das festas rave.


É verdade, sim, que de certa forma trata-se de um movimento escapista, que se tranca em seus "transes" e baseia em suas idealizações imaginárias a idéia de um mundo utópico. E, infelizmente, muitos confundem isso com alienação. Uma fatalidade.


A geração rave está sempre tentando de todas as maneiras melhorar o mundo e restabelecer a relação harmônica do homem com a sua essência, com a natureza!


Os festivais de trance costumam sempre abrir espaço para palestras de ecologia, e mantêm ligações com ongs e instituições de caridade, além de promoverem doações de alimento e de parte da renda obtida com os ingressos.

No Rio de Janeiro, existe o projeto E-brigade, que coleta e recicla todo o lixo proveniente das raves, e a ong LUA SOLIDÁRIA, que através de festas raves periódicas arrecadou dinheiro e abriu uma creche /orfanato em 2003. E esses são apenas poucos exemplos entre diversas iniciativas de fins filantrópicos e educacionais.

Infelizmente, a imprensa não divulga todas essas maravilhas que o trance faz pela sociedade. E aí surge uma outra questão importante que deve ser esclarecida: De alguns anos pra cá, principalmente no Sudeste, as festas rave começaram a se popularizar e o crescimento desenfreado da imagem do movimento trance acabou caindo em mãos erradas.


Produtores e organizadores "populares" de festas acabaram levando a música trance para a grande massa, como uma proposta ideal para o uso livre de drogas.


Fatalmente o verdadeiro espírito trance ficou para trás. A filosofia, a ideologia, a ética, a consciência e a proposta transcendental do trance nem sequer é conhecida por esse público que freqüenta essas festas, FALSAS raves, que na verdade são festas comerciais que visam apenas o lucro, sujando injustamente a imagem dos verdadeiros festivais trance e festas rave.


Paralelamente, os verdadeiros "tranceiros" de raiz, aqueles que AMAM o trance, continuam vivendo, fazendo de suas festas um verdadeiro RITUAL de celebração à vida; imponentes com sua dança, música, malabarismo, artes, viagens, experiências alucinógenas, misticismo, consciência cósmica, visão quântica/metafísica do mundo, e sobretudo, P.L.U.R., da PAZ, do AMOR, da UNIÃO, do RESPEITO ( do inglês: peace - love - unity - respect ), fazendo suas festas em locais afastados do perímetro urbano; e ilustrando o ideal FUGERE URBEM, que caminha lado a lado da filosofia de vida CARPE DIEM .


Enfim, essa sim é a VERDADEIRA "geração rave". A tribo dos que juntos dançam como UM, a tribo da união. A tribo dos que conquistaram a possibilidade de sonhar coisas impossíveis, e que tiveram a coragem de caminhar livremente rumo a esse sonho.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A arte de ser Trancer


Os trancers reconhecem-se pelo olhar porque a luz que brilha nos seus olhos é a mesma que brilha nas estrelas, não resistem a mostrar aos outros as constelações dos céus e… dançam juntos quando chega a luz da madrugada.

Um trancer olha nos olhos de um desconhecido, fala de amor à primeira vista, de almas gêmeas, defende idéias que parecem ridículas, chora mágoas e decepções antigas, alegra-se com novas descobertas, diverte-se, brinca, é irreverente, faz perguntas inconvenientes, diz tolices, disfarça-se de louco quando sofre de lucidez e… dança com seus companheiros.


Já agiu muitas vezes incorretamente, já traiu e mentiu muitas vezes, já trilhou caminhos que não eram os seus e perde-se, vezes sem conta, em labirintos até recuperar novamente seu caminho, já disse sim quando queria dizer não, já feriu os que mais ama, já foi a muitas festas e procurou a paz, a esperança e o amor na música, nos lugares, nos espaços, nos outros, nas drogas…


Um trancer cai nestes abismos muitas vezes, mas quando reúne todas as suas forças para sair, descobre que é dentro de si que encontra o amor, a paz, a luz… então vive a esperança de ser melhor do que é… e dança enquanto caminha.

Senta-se num lugar tranqüilo da floresta e procura não pensar em nada: descansa, contempla, presta atenção à sua respiração, ao vôo do pássaro, ao aroma da flor e, conectando-se com a alma do universo, anda suavemente, sente que participa na dança universal e… flutua enquanto dança.

No caminho que livremente escolheu, um trancer sabe também que tem que lidar com gente que não presta atenção às pequenas coisas, que não sabe que tudo é uma coisa só, que cada ação nossa afeta todo o planeta, que cada pensamento nosso se estende muito para além da nossa vida, que cada minuto pode ser uma oportunidade para nos transformarmos, que estamos no mundo não para combater o mal ou condenar e julgar o outro e… dança enquanto ama.

Mas porque é um peregrino, um caminhante em busca espiritual, um mendigo do amor, um trancer senta-se à roda da fogueira e dá as boas vindas aos estranhos. Usa a sua intuição e não desespera-se quando o acham louco ou a viver num mundo de fantasia. Não tem certezas, mas sabe que nem todos os caminhos são para todos os caminhantes e… ensaia novos compassos de dança.

E segue em frente e faz pontes entre o céu e a terra, entre a vida profana e a espiritualidade a que se aspira, entre o visível e o invisível, entre o compreensível e o invisível e então, pouco a pouco, outros se aproximam, reúnem-se e iniciam o seu caminho à volta dos seus ritos, símbolos e mistérios… e dançam à roda da fogueira.

Um trancer conhece o silêncio como a linguagem do indizível, do que não se explica, apenas se sente. Conhece também o poder das palavras e não é tagarela. Não quer parecer ser, ele simplesmente é.

Não sabe de onde veio nem para onde vai, mas sabe que está aqui para amar. O afeto e o carinho fazem parte da sua natureza – tanto quanto respirar – e, porque busca o amor, um trancer arrisca mais que os outros. Arrisca sentir-se derrotado e rejeitado no corpo e na alma, a intimidar-se com o silêncio ou com a indiferença, a decepcionar-se e a magoar-se, mas não desiste porque sabe que sem amor, ele simplesmente não é… então, mergulha com paixão na vida, olha com doçura e serenidade o mais velho ou a criança, reconhece no seu olhar toda a história da sobrevivência da humanidade e… ri e dança com seus companheiros.

Um trancer sabe que é livre para escolher: passa noites de insônia, interroga-se pelo sentido da vida, sobre o que é definitivo e o que é passageiro, questiona as aparências, as fórmulas, as opiniões dos outros, se vale a pena tanto esforço… é, então, capaz de largar tudo e correr para a aventura porque resiste a viver um papel que os outros escolheram para si. As suas decisões são sempre tomadas com coragem e loucura, inventando novas coreografias, ao sabor dos ritmos cósmicos, de noite ou de dia, à luz ou as trevas, no inverno ou no verão… dança, dança e dança…”

Sem nenhum motivo aparente, sem nenhum interesse, sem nenhuma regra, até onde aguentar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Reconciliation

Só o tempo passando pra gente ver o valor incontestável e a importância da nossa amizade, e que não vai ser simples assim pra destruir esse sentimento de irmãos que há em nós. Essa reconciliação valeu o meu ano. Não aguentava mais olhar mais ou menos oito meses pra trás e ver o jeito que isso tudo tinha acabado e pensar que nunca mais iria ser o que era.

Agradeço hoje, por estar enganado. Agradeço, hoje, por ter do meu lado, de novo, o meu irmão.


Gean Rodriguez
 
Para o meu brother Filipe Silveira, vulgo Ninja.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Isto é P.L.U.R. Isto é vida.

 

E precisa dizer mais alguma coisa?

Fatos, Boatos e Música Eletrônica (By Psicodelia.org)

Acredito que a maioria de vocês deve ter acompanhado a matéria veiculada no Fantástico sobre “a rave no parque”, no dia 07/11. Se você não assistiu, assista agora:


O que causa indignação nesta matéria não é o tom sensacionalista, pois isso já era esperado. O maior problema que vejo aqui é a inclusão irresponsável de informações imprecisas, incompletas e desencontradas que dão uma visão deturpada dos fatos. Ao invés de denunciarem uma festa com problemas, denunciam toda uma “cena” (odeio esse termo, mas tudo bem). Mais um belo exemplo do jornalismo diplomado e consciente de seu poder.
Afirmam que os brinquedos foram instalados com a intenção de ampliar ou prolongar os efeitos das drogas consumidas pelo público, fazem uma relação aleatória com caso do jovem assassinado na saída da Tribe da Pedreira em 2008, mostram 3 ou 4 pessoas pessando mal, e uma fumando maconha.
Mas é claro, é uma rave. Aposto o que quiserem que no SWU, um “festival” cultural, não havia nada disso. Também não fui a esse evento, mas imagino que tenha sido algo muito mais parecido com a reunião da Liga das Senhoras Católicas.
Para finalizar, tentam ressuscitar o Dep. Capez, autor de um projeto de lei que visa restringir a realização de festas de música eletrônica, e colocam um promotor afirmando categoricamente que “festa rave é para explorar os jovens”.
Ah, claro, o SWU e outros shows e festivais jamais pensariam em explorar o público comercialmente. Com certeza todo o dinheiro arrecadado vai para organizações beneficentes.

Separando o Joio do Trigo

Como eu não estive na festa mostrada na matéria, não posso falar sobre seus detalhes. Mas sabendo como as coisas acontecem, é perfeitamente plausível imaginar que tenha sido uma festa mal organizada.
Também é fato que o “nível” do público e das organizações tem decaído nos últimos anos. Por vezes tenho encontrado festas sem planejamento, equipe de segurança despreparada, etc. Assim como é fácil encontrar gente indo apenas para se drogar. Ou seja, tem gente “dando motivo” para a mídia sensacionalista. E aqui me refiro especialmente (mas não somente) às festas de São Paulo.
No entanto, todo problema ou crime, possui um responsável. Uma pessoa, um cidadão de carne e osso. Atribuir a culpa de qualquer coisa “à festa rave”, é uma acusação digna da Santa Inquisição, que condenava mulheres à fogueira porque estavam “possuídas pelo diabo” ou justificavam outras atitudes com o argumento de que “Deus quis assim.”
É muito mais fácil e cômodo culpar “as raves” do que abrir um processo e investigar os culpados. Bota na conta do Papa e pronto.
Fazendo um paralelo, penso em problemas tão graves quanto, ou até mais: a violência nos estádios de futebol e a quantidade de mortes nas estradas durante o carnaval. Ninguém em sã consciência cogitaria acabar com 2 paixões nacionais em função de algumas centenas de mortes aqui, algumas dezenas de ônibus e patrimônio público depredados ali. A culpa, nesse caso, é sempre de indívíduos mal intencionados, nunca do evento.

O Lado Bom

Apesar da indignção momentânea, estou tranquilo com relação ao futuro das Raves, ao menos no que se refere ao sensacionalismo de alguns veículos de comunicação. Ninguém, exceto público e organizadores, tem o poder de acabar com esse tipo de festa.
A cena eletrônica surgiu e evoluiu sempre à margem da grande mídia. Nunca foi necessário recorrer a jornais, rádio ou TV para divulgar festas de qualquer tamanho. Nos anos 90, tudo acontecia na base de panfletinhos xerocados na faculdade. Hoje, via internet. Portanto, não é um Fantástico qualquer que irá “acabar com as festas”, como muitos temem.
O que vai acontecer, nós já vimos outras vezes: a onda de caça às bruxas vai passar, e tudo voltará a ser como antes. Talvez ainda maior ou, com alguma sorte, até mesmo melhor.

 

Para fechar, faço um contraponto à matéria do Fantástico com o relato de um dos jornalistas mais respeitados do Brasil. Em 2008,  Zuenir Ventura foi ao Programa do Jô para falar um pouco sobre o seu livro entitulado “1968 – O Que Fizemos de Nós”. Para complementar sua pesquisa, em 2007, o jornalista foi ao Chemical Music Festival, no Rio de Janeiro e se surpreendeu com o que viu, mas de um jeito diferente da equipe do Fantástico.


Post retirado do melhor blog de cultura eletrônica do país. Psicodelia.org 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Auto Explicativo

Quantas noites sem dormir olhando da minha janela
Luzes da cidade, viajo o pensamento
Madrugada adentro enquanto muitos dormem
Quantos loucos atearam fogo aceleraram a mente
Viajaram na fumaça louca
Que passando a todos foi de boca em boca
No silêncio sinto essa fumaça me lavar o rosto
Maquinar meu cérebro fazendo louco
Me indagando à noite pela lucidez
Como posso eu parar na noite pra dar mais um trago
Se eu vivo essa lucidez tão louco
Só por mais um pouco eu vou pirar de vez
São os olhos de um poeta louco que contempla a noite
Na palavra certa de um pensamento
Só por um momento de inspiração
Quantas noites sem dormir olhando da minha janela
Luzes da cidade, viajo o pensamento
Madrugada adentro enquanto muitos dormem
Quantas noites sem dormir olhando da minha janela
Luzes da cidade, viajo o pensamento
Madrugada adentro enquanto muitos dormem
Quantos loucos atearam fogo aceleraram a mente
Viajaram na fumaça louca
Que passando a todos foi de boca em boca
No silêncio sinto essa fumaça me lavar o rosto
Maquinar meu cérebro fazendo louco
Me indagando à noite pela lucidez
Como posso eu parar na noite pra dar mais um trago
Se eu vivo essa lucidez tão louco
Só por mais um pouco eu vou pirar de vez
São os olhos de um poeta louco que contempla a noite
Na palavra certa de um pensamento
Só por um momento de inspiração
Quantas noites sem dormir olhando da minha janela
Luzes da cidade, viajo o pensamento
Madrugada adentro enquanto muitos dormem
 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Open Your Mind

Assim começa, a primeira vez e você acha que não vai acontecer nada, sai pra dar uma volta, começa a bater mais forte o coração, e todos males que existem vão embora. Você sente uma felicidade imensa, você é apenas feliz. Começa a andar de carro e a notar que as luzes brilham mais que o normal, que as cores são muito mais bonitas do que parecem, você vê o mundo muito mais bonito, mais feliz. Aí do nada começa a pensar sobre uma coisa qualquer, e começa a andar pelo mundo, caminha por um lugar que sempre sonhou em conhecer, conversar com pessoas, fazer amizades, brincar, se divertir. E quando você percebe está ali parado, olhando pra um ponto qualquer, há uma hora e nem notou, mas não dá tempo, enquanto você olhou pro relógio, já foi viajar para o espaço e está voando no meio das estrelas, vê tudo colorido, muito lindo, é como olhar pra janela de um trem passando. Você vai buscando entender o que enxerga, e quando você percebe, já se passaram mais de uma hora. Você se lembra que já são 3h da manhã e já é fisgado por outro trem que te leva pra outro lugar. Você conversar com seu corpo, você pode conversar com seu sub-consciente, ele te fala algumas coisas pra fazer, dizer o que você deve fazer pra viver melhor, e quando você percebe, já se foi mais uma hora, e você viajou por todos lugares possíveis.

No inicio da manhã, abre a janela do quarto, chega a se emocionar de quão bonito é a natureza e as cores, quão bela é a vida, e os prazeres simples que ela te proporciona, apenas cobrando de você uma coisa. Abra sua mente.

Matheus Morcinek

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O ponto da Insanidade.



Primeiro título em português. É pra deixar bem claro o assunto da revolta. Ontem eu escrevi na minha mão: "P.L.U.R." Fui questionado por uma colega sobre o significado, tentei explicar, resumidamente, o significado de cada letra, e fazer referência ao blog. Então eu ouvi um: "Resumindo, eu sou louco, é isso que quer dizer né Gean?" Eu fiquei parado por alguns instantes, pensando se deveria responder aquilo a altura, ou se ficava quieto e deixava que ela achasse que o louco era eu. Respondi um simples: "Realmente, sou completamente louco." O que justifica a segunda alternativa. Mas agora eu me pergunto: PORRA! ELA PODE ESCUTAR QUALQUER MERDA E O LOUCO SOU EU? Se ela escrever "I.L.U.V.F.U.N.K." na mão, ela é a normal, e eu sou o louco? Me deu vontade de dizer: "Tu conhece, pelo menos a cultura por trás das músicas que tu escuta? Se é que tem alguma cultura né." Nada contra pagode por exemplo, mas aquilo é como o Crack e a Merla. Resumindo, a Merla, é o que sobra de ruim do Crack. Então vamos a função. Se Samba = Crack e Merla = Pagode, Pagode é o que sobra de ruim do Samba, que já é ruim por si só. Não to aqui querendo ofender o gosto musical de ninguém, que fique bem claro. Mas poxa, agora por que eu escuto música eletrônica, por que eu uso conceitos de psicodelismo e dogmas trancers na minha vida eu sou louco? É revoltante.


Os estilos primordiais pra qualquer formação musical, foram o Rock, a música Clássica, a música Eletrônica, entre outros. A partir dai, começa a surgir todo o resto. Independente de ser bom ou não. 


A questão é, por que a sociedade atual nos julga, sem ao menos nos conhecer? Sem saber o que há por trás disso. Nos julga, (e eu tô falando do povo Trancer mesmo, que aprecia a cultura eletrônica, não esses posers que gostam de Psy, que se toca um Minimal eles dizem que é Psy, como se Psy fosse generalização pra música eletrônica.) nos chamam de drogados, sem saber os principios, os motivos, e a consciência de quem se droga. Uma noticia pra vocês, inconsequentemente, vocês acabam escutando música eletrônica, inconsequentemente, vocês acabam se drogando, por que até o remedinho que vocês tomam pra dor de cabeça, é droga. 


Nós somos o futuro, e quer queiram vocês ou não, vocês vão ter que aprender a conviver com a gente, quer vocês achem que nós somos loucos ou não, vocês vão ter de conviver com a gente. Eu tenho orgulho do que eu sou, eu sou Trancer, eu amo a minha cultura, eu amo meu povo, eu amo, a minha natureza. E não é por ser chamado de louco, que eu vou deixar de amar, de lutar, por um ideal que eu acredito ser o futuro, do mundo, das pessoas. 


Paz, no mundo, entre as pessoas. Amor, a vida, a música eletrônica. União, entre os povos, entre irmãos. Respeito, as diferenças, aos costumes. 


Toda revolta é valida. Quando questionado, quando chamado de louco, insano, drogado, te peço, questione, critique, exemplifique, compare, deixe transparecer o teu ponto de vista. Mostre pras pessoas preconceituosas e incultas, que a realidade é outra. Que a realidade que eles criaram, é diferente da realidade que a natureza tem criado ao longo dos anos, para nós trancers.

Peace, Love, Union and Respect for all.

Revoltado, Gean Rodriguez

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Red Hair.



Qual a influência que um cabelo vermelho tem na sua vida? Na minha, ele faz toda a diferença. Meu dia fica sem cor se eu chegar naquela aula e ela não estiver lá, e aquele sorriso, é o que me faz passar o dia em estado de êxtase. O jeito que ela anda, o jeito que ela fala, olha, é o que fascina. À 12 anos eu vivo essa realidade,  esse amor platônico, que a 12 anos, me consome. 
Eu daria a minha vida por essa mulher, mataria, morreria. É a única por quem eu penso que realmente vale a pena tudo isso. Nos já dividimos nossas maiores histórias, nossos maiores medos, angustias, lições de vida. E apesar de tudo, a vida sempre nos mostrou o quanto um era importante para o outro, e meios de estarmos juntos apesar das dificuldades. É uma amizade que eu pretendo levar pro resto da minha vida, apesar de, talvez, depois desse ano, a gente nunca mais possa se ver, essa nossa convivência diária, não existirá mais. A vida, em si, já tem me preparado pra isso, afastando ela aos poucos, cada vez mais, cada dia que passa. É uma realidade que eu como homem terei que aceitar, ficar longe da mulher que me tem na mão com um olhar, uma mechida de cabelo. Inéxplicavel atração, que só ela consegue, perdoem-me mulheres, mas nenhuma chega aos pés dela, pelo menos não pra mim. Enquanto eu namorava, a tentação, enquanto eu estou solteiro, a perdição. A grande diferença de tudo isso, é que eu, ao longo desses anos todos, aprendi o valor das coisas, a dar mais valor pra essa amizade, do que pra essa atração. 

É difícil pensar em como seria a vida sem essa mulher fazendo parte dela. Essa mulher, que em 12 anos, conquistou esse homem, conquistou a sua lealdade, a sua admiração. O tempo? Provavelmente não irá fazer parte dessa história. O tempo? Só ira prolongar esse sentimento incomparável. O tempo? Vai mostrar que isso é mais forte que qualquer coisa, e que essa amizade, vale mais que qualquer amor.

Gean Rodriguez

Para Bárbara Diaz, a ruiva, não-ruiva, mais linda desse mundo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Connect and Travel.

Apenas feche seus olhos. Você pode ir aonde quiser, seja onde for, 500, 1000 kms de distância. A experiência psicodélica te leva a lugares inimagináveis, te coloca perto de pessoas que estão absurdamente distantes de ti, proporciona a tua alma, a possibilidade de viajar, pra qualquer lugar. 
Enfim, este final de semana eu fui a uma festa, no mesmo dia do festival de 14 anos da XXXperience. O pepuxo foi. E eu aqui, no caixeral. A ligação que eu tenho com os meus amigos, é tão grande, que quando começou a tocar uns Technos doidos, eu parei na frente da caixa de som, fechei os olhos, e eu podia sentir, o meu brother perto de mim, curtindo aquele mesmo som, apreciando aquela mesma freqüência. O que para uns pode parecer impossível, pra mim é realidade, quase 2 mil kms nos separam, o que então além da música, pode me proporcionar a oportunidade de ter meu brother ali, comigo, fritando de uma maneira inexplicável, fazendo com que eu sentisse que não era o chão do caixeral que estava sob os meus pés, e sim a grama verde do campo da XXXperience? Fazendo com que, apesar de toda essa distância, nós nos juntássemos mais uma vez, pra apreciar o som que proporcionava a nossa mente tão inexplicável sensação.


Não existe rave ruim, ou rave boa, a satisfação é fruto da mente, e a experiência psicodélica te proporciona o que tu quiser. Se tu quer fritar, basta fechar os olhos, se conectar, e viajar.


Gean Rodriguez

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Manifesto pela Liberdade (Parte 2)

Conversando com várias pessoas a respeito do Manifesto, surgiram vários tópicos muito importantes para o desenvolvimento do tema. A midia, generaliza, como se todos os "Trancers" fossem responsáveis pelo que as raves tem se tornado. Acontece que em boa parte, a culpa não é nossa, e sim da "maldita inclusão digital" das raves, essa gente que não respeita seus limites, não respeita a natureza, não respeita o seu corpo, não respeita as pessoas a sua volta, que vai a uma rave, sem conhecer a cultura por trás dela, se droga, sem o mínimo preparo, e com isso acaba denegrindo a imagem da rave perante a sociedade de um modo geral. Outro grande problema dessa "generalização" por parte da mídia, é que eles sensacionalizam o tema, levando muitas pessoas desinformadas a pensar que a realidade de uma rave não passa de brigas, drogas, irresponsabilidade, enfim. A essas pessoas, eu só tenho algumas palavras a dizer: Não tire conclusões precipitadas de uma coisa que você não conhece.

Rave é cultura, é vida, é amor. Rave é respeito, a sí mesmo, aos outros, e a natureza. Rave meus amigos, é a expressão do divino, é a expressão da alma através da música. Rave, é libertação, do corpo, do espírito. Rave é a união do homem, a natureza, e a união da natureza, com o homem. Isso, é rave. Isso é a minha vida. Eu vivo, eu manifesto, pela liberdade.

Gean Rodriguez

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Manifesto pela Liberdade (Parte 1)

Esta semana vai ser especial pelo motivo de que eu estarei postando sobre o Manifesto da Liberdade. Será uma série de posts tentando mostrar o conceito principal do Manifesto, e diminuir assim, talvez, um pouco do preconceito sobre a cultura Psicodélica e o povo Trancer.
Manifesto pela Liberdade

A música eletrônica aproxima o homem de si mesmo. Dá asas ao espírito, que voa em busca de novas sensações e descobertas.
Festejar é celebrar a vida. É deitar na grama e lembrar que todos somos parte da natureza e que sem ela não existimos. É curtir o hoje, esquecer o ontem e não temer o amanhã. Festejar é deixar que a música seja o maestro soberano do corpo. É perceber que dinheiro nenhum substitui o valor das amizades. Festejar é ser livre para decidir os rumos da própria vida.
Nos últimos tempos, porém, vimos as raves serem invadidas por pessoas despreocupadas com qualquer filosofia ou valor, interessadas apenas em experimentar novas drogas e testar os limites do corpo. As festas foram contaminadas por preconceito, brigas, hipocrisia. E a magia foi se apagando.
Essa distorção de valores abriu espaço para ataques por parte da mídia e das autoridades. Nosso paraíso está seriamente ameaçado pela censura. Somos um risco porque despertamos de um estado anestésico e caminhamos para a conquista da liberdade plena: de expressão, de escolha, de pensamento.
O destino das raves está nas suas mãos. Traga o melhor de você para a festa. Compartilhe-a com quem você ama. Pois não é com palavras que se explica o poder redentor dos primeiros raios de sol ou que se entende a energia de um abraço.
Vamos resgatar a magia. Criar um ambiente de amor, paz, união e respeito, onde todos possam curtir a música, os amigos e a natureza em harmonia. Vamos construir uma grande comunidade onde todos somos irmãos. Unidos pela música. Essa é a essência das raves e lutaremos por ela até o fim.
Podemos ir além. Pela primeira vez na história, temos chance real de construir um mundo melhor. Você tem poder. Pressione a imprensa e, principalmente, seja a imprensa. Nosso maior inimigo é a ignorância. Espalhe a mensagem para bem longe dos limites da festa.
E quando a força de nossa voz tocar o coração de cada ser humano e alcançarmos uma nova consciência, teremos, enfim, conquistado a tão sonhada liberdade.




sexta-feira, 5 de novembro de 2010

What is the price?

Qual é o preço da sua felicidade, da sua liberdade, da sua paz? Qual é o seu valor?

Perguntas, creio eu, que todas as pessoas fazem a si mesmas diariamente. A questão é, você está disposto a tudo, absolutamente tudo, pra ser feliz? Está disposto a tudo pra ser livre? Mesmo que isso implique ver outras pessoas sofrerem?
Nestes últimos tempos, tenho vivido situações, que tem me colocado à prova. Situações que me levam a pensar, se realmente vale a pena abrir mão da minha liberdade, da minha da paz, apenas pra não machucar ninguém, sendo que eu mesmo tenho me machucado. Masoquismo? Em termos.

Porém conversas recentes me fizeram ver o mundo de outro modo, e quem sabe (sepá) eu voltei a ser como eu era antigamente, o meu mundo está voltando a ser o que era antigamente. Eu quero ser valorizado, mesmo que outras pessoas, tenham que sofrer pra isso. Egocentrismo, egoísmo? Talvez. Mas muitas coisas me levam a pensar, que se eu não me valorizar, ninguém vai fazer isso por mim.

Eu já fiz, aconteci. Já abri mão da minha felicidade, da minha paz, da minha tranqüilidade, da minha liberdade, e recebi o que em troca? Nada. O sentimento nunca é recíproco. Aprendi com isso, que é melhor estar do outro lado da moeda. Ser quem dá o tiro, e não quem leva. Não vale a pena suar, por quem não merece nem um pingo do teu suor.

Talvez eu receba criticas a respeito desse post. Mas Jah sabe o que passa dentro do meu coração, ele sabe que eu fui uma das pessoas que mais lutou pras coisas não chegarem ao ponto onde elas estão. Mas tudo tem limite. Meus amigos de verdade, me deram a "moral-up" que eu precisava. E não vai ser nenhum FILHO DA PUTA que vai tirar isso de mim.

"Change is come, life will have its way..."

Já estava na hora de mudar, rever conceitos, reorganizar a vida, colocar as coisas no lugar, e dar o tal "valor" pra quem realmente merece. É, a vida é assim, feita de idas e vindas, e acima de tudo, mudanças.

Gean Rodriguez

sábado, 23 de outubro de 2010

Indescribable feelings.



Faz um bom tempo que eu não posto nada, e agora eu estou aqui, parado, pensando a respeito da vida, a respeito das amizades, a respeito do amor, da paz, da felicidade, dos problemas, pensando a respeito de tudo. Meu blog tem fugido ao tema central ultimamente, eu sei, mas são coisas que as vezes precisam ser expressas.

Esses dias eu tive um sonho, sonhei que estava me despedindo de todos os meus amigos, amigos de infância, sonhei que dava abraços, e que as lágrimas corriam do meu rosto, e literalmente elas correm do meu rosto agora. Elas correm, por que meu coração sabe, que um dia este sonho vai se tornar realidade, infelizmente, apesar de eu nunca querer ficar longe dessas pessoas. Outro dia comentava com um grande amigo, ele me dizia: "Cara, vocês são a coisa mais importante pra mim, só não são mais importantes que a minha mãe." Eu respondi para ele: "Mano, vocês são a coisa mais importante pra mim, mais que a minha própria familia, vocês estão acima de tudo e de todos, eu daria a minha vida por vocês, eu não sou nada sem vocês." E se eu tivesse de escolher entre a minha familia e os meus amigos, eu concerteza ficaria com meus amigos, pode parecer estupidez, talvez. Realidade. A distância machuca, a saudade açoita. Como eu queria poder ter todos eles, naquele deck, mais uma vez, e poder ver o nascer do sol, após uma das noites mais felizes da minha vida, após ter compartilhado o mesmo copo, as mesmas alegrias, com as pessoas que eu mais amei na minha vida. Essas pessoas, vem e vão, as amizades, as vezes mudam, os verdadeiros, permanecem. Aquele lugar permanece, parece que foi ontem, aquele 1° de janeiro, que eu tinha todos os meus irmãos ali, perto de mim. Lágrimas correm pelo meu rosto, a lembrança é cruel, e saudade mais ainda. São tempos que infelizmente não voltam mais. Talvez, se repitam, mas não com a mesma intensidade, não com as mesmas pessoas.

Eu sinto saudade dos meus irmãos que estão longe, alguns com que eu compartilhei poucos anos, poucos, porém intensos. Outros com quem eu compartilhei muitos anos, boa parte da minha infância, amizades inabaláveis, que nunca conheceram brigas, discussões, desavenças, traições. Amizades que por mais que o tempo e a distancia queiram, eles nunca vão apagar. 

Esses sim, são a minha verdadeira familia. Estas são as pessoas que eu vou levar pro resto da minha vida. Estes, são os meus amigos, os meus irmãos, por quem eu mato, por quem eu morro. São as pessoas que eu quero envelhecer ao lado. 

"Eu quero que meus filhos sejam a metade do que estas pessoas são, e que defato, tenham a mesma amizade que nós temos."


Gean Rodriguez

Em homenagem a todos os meus irmãos, mas em particular ao meu grande maninho, Marcos Vidarte (Pepo)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sem internet.

Bom gente, eu estou sem internet, por tempo indeterminado. Então não haverão postagens por um bom tempo. Peço desculpas aos leitores do blog pelo transtorno.

Atenciosamente,

Gean Rodriguez

domingo, 10 de outubro de 2010

Origin of Electronic Music

Música eletrônica, é toda música que é criada ou modificada através do uso de equipamentos e instrumentos eletrônicos, tais como sintetizadores, gravadores digitais, computadores ou softwares de composição. Os softwares são desenvolvidos de forma a facilitar a criação.

Por sua história, passou de uma vertente da música erudita (fruto do trabalho de compositores visionários) a um elemento da música popular, primeiramente bastante relacionado ao rock e posteriormente discernindo-se como um gênero musical próprio (principalmente relacionado com a música popular nos sub-estilos considerados dançantes tais como o techno, acid, house, trance e drum 'n' bass, desenvolvidos a partir do auge da música disco no final da década de 1970). Atualmente existem várias ramificações do estilo, tanto eruditas como populares.

Originalmente relutada por ter sua tecnologia evoluída muito mais rapidamente que sua estética, só passou a ter princípios e tradição após a Segunda Guerra Mundial, com o trabalho de franceses na música concreta e de alemães na Elektronische Musik.

O estilo passou então de uma mera ferramenta para os músicos diversificarem e desenvolverem novos sons e timbres musicais apoiando-se em outros estilos musicais para ganhar uma cena própria. Com o sucesso da música disco, que atingiu seu auge entre 1977 e 1979 em parte devido ao filme de 1977 "Saturday Night Fever", a década de 1980 e décadas seguintes na música eletrônica foram marcadas pelo surgimento da música eletrônica dançante, levando ao desenvolvimento de novas ramificações como o techno, o house e o trance. A música eletrônica torna-se a partir de então, além de um estilo musical, um estilo de vida marcado pelas raves (eventos sociais de elevação de consciência baseados em música eletrônica) e pelos DJs (músicos que utilizam instrumentos musicais eletrônicos para executar composições).

Raves

Um elemento importante para o desenvolvimento da música eletrônica dançante foi o desenvolvimento das raves. Tais festas de música eletrônica começaram como uma reação às tendências da música popular, a cultura de casas noturnas e o rádio comercial. Seu objetivo primordial era a interação entre pessoas e elevação da consciência (uma fuga da realidade) através de diversas formas de arte. A música eletrônica teve papel fundamental em tais festas na medida em que proporciona através das batidas repetitivas e progressivas um efeito hipnótico nos participantes, potencializado pela utilização de entorpecentes. A partir do desenvolvimento do estilo eletrônico na década de 1980 foram promovidos eventos em regiões rurais. De forma análoga, o movimento hippie da década de 1960 pregava a reunião das pessoas e a utilização de drogas (especialmente o LSD) como forma de elevação de consciência. Mesmo com a reação negativa da mídia em relação a tal cultura o estilo foi se desenvolvendo, resultando em um estilo de vida para os participantes. Outros gêneros musicais presentes em raves incluem o drum and bass e a música ambiente (Chill Out). A partir do final da década de 1990 o termo caiu em desuso pelos seus participantes na Europa devido à massificação e desvirtualização do uso.

Trance

Outra vertente da música eletrônica é o trance. Apesar de suas origens datarem desde a década de 1970 com artistas como Klaus Schulze, foi a partir de artistas de acid house que acabou ganhando uma cena própria, com a cena techno da Alemanha no início da década de 1990; Frankfurt é geralmente referenciada como o berço do estilo. No mesmo período desenvolvia-se em Goa, Índia, outro movimento da cena eletrônica baseado no EBM, o Goa trance, influenciado pela cultura da Índia e pela música psicadélica da década de 1960. O gênero foi migrado para a Europa em Londres, desenvolvendo-se de forma a ramificar-se no que atualmente chama-se EuroTrance. A partir da década de 1990, o desenvolvimento para um trance melódico e comercial possui como expoentes compositores como Paul Oakenfold, Paul van Dyk e Tiesto. Tais artistas foram tornando-se cada vez mais aceitos comercialmente, o que originou o EuroTrance.

Fonte: Wikipédia 


Conceitos, conceitos... Mas o que é a música eletrônica realmente? Qual a importância dela? São perguntas que nem que eu quisesse,  eu saberia responder. Mas eu creio que a música eletrônica, não é algo fútil, algo que só foi criado com o intuito de divertir, e animar. Pra mim a música eletrônica é bem mais que isso, existe uma ligação entre a alma e a música eletrônica, claro, para quem se identifica com o estilo. A música eletrônica é a manifestação da alma através do corpo, do som, e da natureza. E não pense que é assim, só, com a música eletrônica, mas eu creio que não existe nada que te proporcione esse "transe" como a música eletrônica, nada que te proporcione as sensações que a música eletrônica te fornece. 

A música eletrônica, é assim, única, incomparável e inefável. 

Gean Rodriguez

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Freedom

O que é a liberdade? Como obtê-la? São perguntas meus amigos, que muitas pessoas fazem a sí mesmas todos os dias. Existem várias respostas, vários meio de se obter a tal liberdade, a questão é, qual o melhor meio para obtê-la?


Nesses meus não muitos, porém bem vividos, anos de vida, uma das únicas coisas que fez com que eu me sentisse livre, foram as raves. Em uma rave tu não é julgado pela tua cor, sexo, orientação, porte físico, estilo. Todos estão ali por um mesmo propósito, brindar a vida, a liberdade. Estão ali para se sentir livres, para obter a tal liberdade que a música proporciona. E ai tu te pergunta: Mas como a música vai me proporcionar liberdade? A resposta é simples, feche os olhos, e esqueça o mundo, por que as pessoas que estão ali, não vão te julgar, te chamar de doido, de retardado, por que, eles estão na mesma situação que tu, apenas tentando alcançar a tal liberdade que em outras oportunidades elas não conseguiram. Eles estão ali para apreciar da mesma liberdade contigo, estão ali para fazer e sentir coisas novas, coisas que a sociedade julga como imoral, mas que só julga, por falta de conhecimento, preconceito, burrice.


Liberdade, não é sair por ai fazendo o que se bem entende, liberdade é poder voar, é poder entrar em transe, é poder transcender, é poder sentir, amar, viver. Liberdade, é poder fazer, acontecer, sem ter que se preocupar com mais nada. 

Gean Rodriguez

domingo, 3 de outubro de 2010

Love and pain are togheter, no matter what happens.

Sabe aqueles dias que te bate aquela bad, e que tu começa a lembrar de momentos, a ter lembranças de um passado que tu queria que voltasse? Isso acontece comigo constantemente. 

Agora pouco estava ouvindo Jonny Cash, (eu sei que isso não tem nada a ver com música eletrônica, e nem com psicodelia, e que foge completamente ao tema do blog, mas foda-se, tem a ver com o poder de influência da música nas atitudes, modo de pensar, agir, e no humor)

"I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real"

Já falei em posts anteriores, que a música te faz lembrar de coisas que talvez tu prefira esquecer, mas esse post, em particular, é pra falar sobre amor. 

É estranho pra mim pensar como as pessoas podem mudar tanto, como tu pode fazer tudo, pra tentar ser o melhor pra essa pessoa, e em troca tu recebe o que? Decepção meus amigos, tu sofre, e eu já sofri muito, não por uma, nem por duas, mas por várias mulheres, e quando parece que tu te encontra, que tudo vai dar certo, tu volta a sofrer, e todo o esforço que tu teve, é em vão. 

Não totalmente em vão, por que as boas lembranças sempre ficam, mas elas sempre vão te levar ao mesmo lugar, como tudo terminou, e tu te pega a pensar, os porques, das coisas serem como são. Então tu te senta no teu sofá, as 2:30 da manhã, numa madrugada de sábado, abre um whisky 12 anos, e começa a escutar as músicas que te trazem a tona todos os momentos bons e ruins que tu já teve com aquela pessoa, te trazem a tona a luta, e o sofrimento gerado por ela, e por mais que aquilo te machuque, tu não consegue parar, simplesmente não consegue, não consegue parar de pensar no quanto é difícil pra ti entender que, não o importa o que tu faça, não importa o quão bom tu seja, não importa o quão grande seja o teu amor, tu sempre, sempre vai sofrer.

Eu sei que e me empolgo e fujo do contexto, mas eu queria poder expressar  o quanto eu amo certas pessoas, e queria que fosse fácil receber esse mesmo sentimento, nessa mesma intensidade, de uma maneira verdadeira, em troca.

"I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way..."

Eu espero, que nesses novos tempos eu possa recomeçar, possa amar, e possa sofrer, por que apesar de não querer que as coisas sejam desse jeito, é assim que elas funcionam, e apesar de tudo, tu aprende muito com tudo isso, tu cresce, espiritualmente, psicológicamente, tu amadurece, te supera a cada dia, espero que tudo isso, esse amor, esse sofrimento, realmente valham a pena, e que algum dia, o propósito de tudo isso fique claro, claro como o amor que há no teu coração, e pelo sofrimento que assola a tua mente. 

E como diz o mestre Jonny Cash, se eu pudesse começar de novo, um milhão de milhas distante, eu iria seguir em frente, eu iria encontrar um caminho...

Gean Rodriguez

A música "Hurt" é de composição original no Nine Inch Nails, mas faço referência ao Jonny Cash nesse texto, justamente pelo sentimento colocado a essa letra.



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Importance.

Meio tarde para um post, eu sei, talvez as pessoas que eu queria que lessem estejam dormindo, talvez elas nem leiam. 

Eu não vim aqui para falar de um determinado Dj, nem da influência que ele, em si, teve na minha vida. Mas da importância que a música dele teve.

A vida, independentemente de como ela seja, tem uma trilha sonora. Uma trilha que marca, cada passo, cada sensação, cada dor, angustia, cada alegria, cada sorriso. Músicas que te fazem lembrar, amigos, pessoas, amores. 

Que te trazem as melhores (ou piores) lembranças de determinados acontecimentos, ou pessoas, a tona. Músicas que te fazem sentir sensações, gostos, prazeres, sentimentos, que tu desconhecias, ou que quem sabe, tu não sentisses mais. 

Te lembram amizades, que em tempos de outrora, eram fortes como uma corrente, e que por mais que tu jurasse que ela nunca ia se quebrar, ela simplesmente se esvaiu, mas não sumiu, não, por que, por mais duro que tenha sido, são coisas que nunca saem da lembrança, assim como as músicas que te fazem lembrar dela. 

Te lembram amores, que em outros tempos te fizeram feliz, em outros tempos te fizeram sofrer, e para cada etapa do amor, uma trilha diferente, uma melodia diferente pra te fazer lembrar da importância que aquilo teve na tua vida, na tua formação, no teu amadurecimento.

A música marca, cada momento, cada conquista, cada derrota, cada desilusão, cada glória, para te fazer lembrar do que tu já fez, e para te lembrar que ainda há muita coisa por vir.   

Gean Rodriguez
Parabéns Dj Tiesto, pelos 25 anos de sucesso, e pelos muitos anos que tem feito a trilha sonora da minha vida.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Timothy Leary - Experiências Psicodélicas

Abaixo segue o link para download do livro Experiências Psicodélicas de Timothy Leary. Leary foi professor de Harvard, psicólogo, neurocientista, escritor, futurista, libertário, ícone maior dos anos 60 e do hedonismo. Ficou famoso como um proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. De facto, o Professor Leary defendia os benefícios desta substância psicadélica como o substructio do progresso humano.

Amigo pessoal de John Lennon (a música "Come Together" dos Beatles é inspirada em Timothy Leary, e no vídeo de "Give Peace A Chance" podemos ver o professor e a sua mulher de toda a vida, Barbara, junto à cama onde John Lennon protagonizou este hino de liberdade. Na letra dessa mesma música pode-se ouvir, na 3ª estrofe: "Everybody is talking about John and Yoko, Timmy Leary…"), tal era a notoriedade deste eminente académico nessa década.

Timothy Leary foi expulso de Harvard depois de ter promovido uma experiência psicotrópica com uma turma inteira de estudantes de psicologia (com o consentimento destes, naturalmente). Mais tarde, a administração de Nixon fez do Prof. Leary um bode expiatório na sua luta reaccionária e conservadora contra a contracultura que abundava nesta época, enviando-o para a prisão pela sua veemente posição contra a proibição do LSD.

Timothy Leary - Flashbacks

"Eu ri novamente da minha pompa diária, da arrogância tacanha dos acadêmicos, da presunção do racionalismo, da impotência asseada das palavras em contraposição à riqueza bruta e dinâmica dos panoramas que inundavam meu cérebro.
(...)


Visto que as drogas psicodélicas expõe-nos a níveis diferentes de percepção e
experiência, usá-las significa entrar em uma aventura filosófica, obrigando-nos a confrontar a natureza da realidade com os nossos frágeis sistemas subjetivos de crenças. A diferença é a causa do riso, do terror. Nós descobrimos abruptamente que fomos programados todos esses anos, que tudo que aceitamos como sendo realidade é apenas uma construção social.
(...)


Em quatro horas (...) aprendi mais sobre a mente, o cérebro e suas estruturas do que nos quinze anos anteriores como psicólogo dedicado.
Aprendi que o cérebro é um biocomputador subutilizado, que contém bilhões de
neurônios não utilizados. Aprendi que a consciência normal é uma gota um oceano de inteligência, que consciência e inteligência podem ser sistematicamente expandidas, que o cérebro pode ser reprogramado, que o conhecimento de como o cérebro opera é a questão científica mais urgente de nosso tempo."


"O medo irracional é o maior impedimento à evolução humana, seja pessoal ou como espécie: diminui a inteligência, seu contágio é virulento e leva a uma rejeição não apropriada ao engajamento em novas coisas das quais depende o crescimento dos indivíduos."


Timothy Leary

Caia na real


Nesse mundo louco as coisas parecem não fazer sentido
A realidade do hoje me faz sentir opressivo
Tudo parece tão, surreal
Ontem que mal passo e o amanhã que ainda não chego
Aí parece que vem perigo...
Inofensivo, reprimido.

Isso tudo parece não fazer sentido
A minha vida parada, meu corpo não relaxa.
Ta tudo muito tenso
A multidão estagnada, e minha mente, esta que só viaja.
Parece realmente não fazer sentido.

Todo mundo querendo ser normal.
Porque? Por que ta todo mundo querendo ser normal?
Na real, cai na real, já não é o suficiente ser racional?
E todo mundo querendo ser normal.
Parece não fazer sentido.

E todo mundo querendo ser normal.
Por que? Já não basta ser racional. Isso meu amigo é loucura real.
E o caos que só se manifesta, chega querendo fazer festa, sim
É o caos que nos resta.
Não faz sentido, cai na real.
                                                   

Anna Arruda.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Transcendência

O conceito dos teólogos sobre transcendência, se aplica principalmente ao fato de Deus estar além dos limites do mundo, mas eu não vim aqui para falar de religião, até por que bateria de frente com a visão religiosa de muita gente que lê o meu blog. 

A questão em si é: Quantas vezes você já transcendeu? Quantas vezes você já saiu dos limites da terra? Quantas vezes você fechou seus olhos pra escutar um trance, e simplesmente saiu do corpo? 


Transcender, meus amigos, nada mais é do que entrar em transe, e simplesmente esquecer do mundo a sua volta, literalmente deixar os limites do mundo material, e deixar a alma partir em uma viagem por um mundo novo, desconhecido, onde não existe o mal, a dor, a tristeza. Onde tudo é pleno, puro, harmônico. Onde a vida, tem enfim um significado, onde a paz, o amor, são sentimentos palpáveis. Um mundo, onde se entra em profundo aprendizado, mas não aprendizado de coisas terrenas, fúteis. Você aprende sobre si mesmo, aprende a se conhecer, a conhecer os seus limites, as suas qualidades, seus defeitos, seus dons.  


Apenas feche os seus olhos, sinta o som tomando conta da sua alma, e transcenda, esqueça dos problemas, das tristezas, apenas reflita, sobre a vida, sobre o mundo, conheça-se. Quando você voltar, o mundo vai ter outra cor, e a sua vida, outra melodia. 


Gean Rodriguez
Dedicado a Tanara Rodrigues, que deu a inspiração pra esse tema, aproveito pra recomendar o blog dela: http://mundodetanara.blogspot.com

Chill Out!


História

O principal entendimento é que chill out não é bem um estilo, mas sim um espaço que tocam diversos estilos que condizem com o mesmo. Naturalmente com o tempo o termo para estilo chill out começou ser usado popularmente.

Emergido nos inícios e meios da década de 1990 como um termo geral para vários estilos de música de relativa melodia e baixo tempo feitas por produtores contemporâneos na música eletrônica. Um número de compilações com o termo "Chill Out" nos seus títulos foi lançada a partir de meados dos anos 1990, ajudando a estabelecer o gênero como muito próximo do que seria downtempo e trip hop mas também incorporando, especialmente no início do século XXI, variedades mais calmas de música house, nu-jazz, psybient, Lounge music e Lo-Fi. O gênero também inclui algumas formas de trance, música ambiente e IDM, e incorporou inteiramente o gênero mais antigo de Balearic Beat, embora esse termo ainda seja usado de várias formas com chill out. Chill out é geralmente tonal, relaxante (ou pelo menos não tão "intenso" como outra forma de música pelos estilos de que deriva), e geralmente não incorpora música que enfatiza "hard", "profundo" ou particularmente ritmos hipnóticos. É por vezes chamada de "techno suave".

Influências culturais

Uma inteira cultura à volta da música chill out evoluiu, com muitos bares e clubes populares, desenhados com um ambiente retrô ou futurista, devotado ao gênero. O Ministry of Sound em Londres presidiu a muitos eventos chill out em lugares como Ibiza e há centenas de títulos de compilação de mistura incluindo as palavras "chill out" ou apenas "chill" que buscam a audiência chill out. Já em 2005, "chill out" é reconhecido por todas as grandes revistas de dança e as suas tabelas de popularidade, no Reino Unido.

Teve uma grande influência cultural foram da música oriental, como árabe e indiana fundindo com a música eletrônica.

Estilos

Os estilos chill out são semelhantes a Leftfield inspirado pelo grupo que dá por esse nome. Há muitos bandas que fazem música chill out, como Lemon Jelly, Thievery Corporation, Urban Myth Club e os aptamente chamados Chillage People; DJs que se especializaram em chill out como Youth, Alex Paterson, Dr. Chill, Unity Dub, The Only Michael, Chris Coco, Pete Lawrence e Mixmaster Morris, o último conhecido por ter lançado Global Chillage; organizações que se focam neste estilo como Chillout Zone, Liquid e Lounge Productions; gravadoras como Liquid Sound Design, Vagalume, Ultimae e Interchill; e eventos como The Big Chill e Sundaze. Frequentemente a música é misturada com vídeos de arte por VJs com gentileza, imagens da natureza relaxantes ou gráficos electrónicos.

O festival The Big Chill é um grande evento anual direccionado para chilled out clubbers e famílias em Eastnor Castle, Herefordshire com performances residentes incluindo Gilles Peterson e Norman Jay.
Psybient (Inglês)

Fonte: Wikipédia

Uma sugestão do professor, e grande amigo Lucas Diaz.

Drum'n'Bass - Pendulum: