Primeiro título em português. É pra deixar bem claro o assunto da revolta. Ontem eu escrevi na minha mão: "P.L.U.R." Fui questionado por uma colega sobre o significado, tentei explicar, resumidamente, o significado de cada letra, e fazer referência ao blog. Então eu ouvi um: "Resumindo, eu sou louco, é isso que quer dizer né Gean?" Eu fiquei parado por alguns instantes, pensando se deveria responder aquilo a altura, ou se ficava quieto e deixava que ela achasse que o louco era eu. Respondi um simples: "Realmente, sou completamente louco." O que justifica a segunda alternativa. Mas agora eu me pergunto: PORRA! ELA PODE ESCUTAR QUALQUER MERDA E O LOUCO SOU EU? Se ela escrever "I.L.U.V.F.U.N.K." na mão, ela é a normal, e eu sou o louco? Me deu vontade de dizer: "Tu conhece, pelo menos a cultura por trás das músicas que tu escuta? Se é que tem alguma cultura né." Nada contra pagode por exemplo, mas aquilo é como o Crack e a Merla. Resumindo, a Merla, é o que sobra de ruim do Crack. Então vamos a função. Se Samba = Crack e Merla = Pagode, Pagode é o que sobra de ruim do Samba, que já é ruim por si só. Não to aqui querendo ofender o gosto musical de ninguém, que fique bem claro. Mas poxa, agora por que eu escuto música eletrônica, por que eu uso conceitos de psicodelismo e dogmas trancers na minha vida eu sou louco? É revoltante.
Os estilos primordiais pra qualquer formação musical, foram o Rock, a música Clássica, a música Eletrônica, entre outros. A partir dai, começa a surgir todo o resto. Independente de ser bom ou não.
A questão é, por que a sociedade atual nos julga, sem ao menos nos conhecer? Sem saber o que há por trás disso. Nos julga, (e eu tô falando do povo Trancer mesmo, que aprecia a cultura eletrônica, não esses posers que gostam de Psy, que se toca um Minimal eles dizem que é Psy, como se Psy fosse generalização pra música eletrônica.) nos chamam de drogados, sem saber os principios, os motivos, e a consciência de quem se droga. Uma noticia pra vocês, inconsequentemente, vocês acabam escutando música eletrônica, inconsequentemente, vocês acabam se drogando, por que até o remedinho que vocês tomam pra dor de cabeça, é droga.
Nós somos o futuro, e quer queiram vocês ou não, vocês vão ter que aprender a conviver com a gente, quer vocês achem que nós somos loucos ou não, vocês vão ter de conviver com a gente. Eu tenho orgulho do que eu sou, eu sou Trancer, eu amo a minha cultura, eu amo meu povo, eu amo, a minha natureza. E não é por ser chamado de louco, que eu vou deixar de amar, de lutar, por um ideal que eu acredito ser o futuro, do mundo, das pessoas.
Paz, no mundo, entre as pessoas. Amor, a vida, a música eletrônica. União, entre os povos, entre irmãos. Respeito, as diferenças, aos costumes.
Toda revolta é valida. Quando questionado, quando chamado de louco, insano, drogado, te peço, questione, critique, exemplifique, compare, deixe transparecer o teu ponto de vista. Mostre pras pessoas preconceituosas e incultas, que a realidade é outra. Que a realidade que eles criaram, é diferente da realidade que a natureza tem criado ao longo dos anos, para nós trancers.
Peace, Love, Union and Respect for all.
Revoltado, Gean Rodriguez
2 comentários:
"E aqueles que dançavam foram julgados insanos pelos que não podiam ouvir a música."
Se quer que respeitem a sua cultura, não critique os gostos musicais
dos outros. ^^
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